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Por que não conseguimos nos antecipar?

A superintendente do Itaú Educação e Trabalho, Ana Inoue, abordou na coluna de setembro do Valor Econômico a urgência para formação profissional das juventudes para dar conta das necessidades contemporâneas a partir das chamadas profissões do futuro, que já são do presente, como metaverso, transição energética e biotecnologia.

Para acompanhar esse ritmo de inovação e de oportunidades, Inoue avalia ser fundamental expandir a Educação Profissional e Tecnológica (EPT), desde que essa ampliação seja "integrada, articulada, intersetorial e faça parte de uma formação que se estenderá ao longo da vida". Nesse sentido, a superintendente do IET sugere, por exemplo, a modernização constante e unificação dos Catálogos Nacionais de Cursos Técnicos (CNCT) e de Cursos Superiores de Tecnologia (CNST), do Ministério da Educação (MEC), que disciplinam a oferta de EPT nas instituições de ensino.

A superintendente sugere, ainda, atuação intersetorial entre redes de ensino, setor produtivo, juventudes e sociedade para ofertar EPT, a exemplo de experiências internacionais, para fortalecer o ensino e qualificação profissional das juventudes.

Por fim, Inoue chama a atenção para a escolha dos governantes, a partir das eleições de 2022, analisando se entre as propostas dos candidatos estão contempladas medidas nesta linha. "Antecipar o futuro de forma acertada significa priorizar as juventudes e investir na EPT do século XXI, para que o Brasil seja o país do presente e deixe de ser eternamente o país do futuro.", avalia.


*Ana Inoue é superintendente do Itaú Educação e Trabalho

Artigo publicado na íntegra no jornal Valor Econômico em 21/09/2022.