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Três ações para aproximar educação e setor produtivo e aprimorar o ensino técnico

Mundo da EPT

Visitas técnicas, elaboração de currículos e desafios de resolução de problemas reais. Conheça possibilidades de aproximação

A expansão do ensino técnico com qualidade contribui para formar melhor os jovens para o mundo do trabalho, de modo que alcancem uma melhor inserção profissional. Para isso, é fundamental, por exemplo, que os currículos dos cursos estejam atualizados e em sintonia com as reais necessidades do setor produtivo, que empregará as juventudes.

Essa atualização requer das secretarias de educação e escolas uma aproximação e um diálogo com instituições como empresas, órgãos públicos ou universidades. A interface entre esses dois universos às vezes bastante separados pode acontecer de diferentes formas. Três delas estão apresentadas a seguir.

Rodadas de encontros entre representantes do setor produtivo e gestores da rede estadual de educação podem ser um primeiro passo para uma aproximação. Essas reuniões têm o potencial de esclarecer às empresas quais cursos técnicos a rede oferece e de criar parcerias, como a colaboração para montagem ou melhoria de laboratórios (com equipamentos e infraestrutura), além de ofertas de práticas, estágios e futuras contratações de egressos. Um exemplo dessa prática com a condução do Itaú Educação e Trabalho (IET) vem de Sergipe e pode ser consultado aqui.

Visitas técnicas a empresas são recursos interessantes para aproximar os estudantes no universo produtivo. Elas consistem em uma aula externa previamente planejada e supervisionada pelos docentes, que é realizada dentro de corporações ou outras instituições. Os jovens conhecem os locais onde potencialmente trabalharão e, ao mesmo tempo, os possíveis contratantes ficam sabendo sobre os cursos técnicos existentes e os perfis dos estudantes. São Paulo é um dos estados que adotam essa prática, como está detalhado neste link.

Outra possibilidade são as consultas da pasta da educação a representantes das empresas para auxiliarem na estruturação, reforma ou melhoria de currículos de cursos técnicos, de maneira conjunta, a fim de que o currículo esteja alinhado ao profissional de que os contratantes de fato necessitam.

Um exemplo de consulta assim vem de Pernambuco para a criação e a implementação do currículo de sistemas de energia renovável, que consistiu em uma parceria entre escola, empresa e IET em Araripina e pode ser consultada nesta publicação aqui. Outro exemplo é de Sergipe, onde, também com a intermediação do IET, secretaria e empresas locais elaboraram, em conjunto, o curso de modelagem do vestuário no Polo Têxtil de Itabaianinha. Mais informações a respeito da iniciativa estão neste link.

Integrantes do setor produtivo também podem ser convidados para ajudarem a avaliar os estudantes por meio da criação de desafios formativos para que exerçam a resolução de problemas reais das corporações. Depois, os representantes das empresas podem participar também dos processos de conclusão de cursos, fornecendo-lhes uma visão e um feedback de quem está atuando no mercado, contribuindo para sua inserção. Os chamados projetos empreendedores, em que os estudantes colocam a mão na massa para solucionar desafios das empresas, são um exemplo consolidado já na Paraíba e acessível aqui.