Estudante de Ilhéus, na Bahia, vê na educação profissional a oportunidade de se qualificar na produção do cultivo local
Em Ilhéus, na Bahia, Lorrana Alves dos Santos, estudante de 17 anos, abraça as oportunidades do mundo do trabalho, enquanto conserva as tradições locais do cultivo do cacau e da produção de chocolate com o curso técnico de agroindústria. Segundo ela, a formação técnica é uma forma de preservar a cultura da cidade, que já foi conhecida como a segunda maior produtora de chocolate do mundo.
No curso técnico de agroindústria, com foco em cacau e chocolate, ofertado pelo Centro Estadual de Educação do Chocolate Nelson Schaun (CEEP do Chocolate), Lorrana aprende sobre os processos da indústria alimentar, como métodos de conservação eficazes, higiene, controle de qualidade, legislação sanitária, segurança alimentar, microbiologia, entre outros. São esses processos que garantem que alimentos industrializados, como carnes, laticínios e bebidas, cheguem às prateleiras dos supermercados com a qualidade necessária para o consumo.
“Com esse curso, podemos trabalhar na indústria do chocolate ou em lugares que tratam da alimentação. Nosso objetivo é que o alimento chegue até o consumidor de uma forma segura”, explica a estudante. Além disso, alinhada às necessidades atuais por um consumo mais sustentável, a grade curricular prepara os profissionais técnicos para pensar em maneiras de mitigar o impacto ambiental durante os processos industriais.
Com ajuda dos itinerários contínuos, Lorrana diz que a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) a prepara para o mundo do trabalho, mas também para um curso superior nesta área. “Diferentemente do ensino médio regular, o curso técnico, integrado ao médio, prepara para a universidade e para o mundo do trabalho. Com o técnico, eu posso terminar uma possível futura graduação em dois anos e meio, enquanto um aluno do regular leva, em média, cinco anos”, relata.
Lorrana representa uma nova geração de jovens em Ilhéus que estão moldando o futuro da cidade, com base em suas raízes e aspirações profissionais. Desta forma, o curso considera a demanda local e as necessidades dos jovens em aprender mais sobre sua cultura reconhecida pelo mundo todo. “Tem chegado novas fábricas (de chocolate) no estado da Bahia e o curso técnico abre essa porta para uma carreira no mundo do trabalho”, diz.
Refletindo sobre a Educação Profissional e Tecnológica, e as possibilidades oferecidas por ela, Lorrana recomenda o modelo para os jovens que estão entrando no ensino médio. “A EPT me proporciona uma experiência que prepara para a universidade e para o mundo do trabalho”, conclui.
(Depoimento dado à equipe do Itaú Educação e Trabalho em agosto de 2022)
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